Muitos podem pensar que alimentação saudável não tem nada relacionado com a escola, mas estão muito enganados. É na escola em que começa uma maior integração entre a criança e a sociedade e na hora do lanche comer torna-se uma meio de se socializar entre as crianças.
É incrível a quantidade de besteiras que os pais mandam pras crianças lancharem, são comidas extremamente gordurosas, açucaradas, e gaseificadas. Sabemos que tudo isso é muito saboroso ,mas nossas crianças precisam aprender a comer adequadamente desde cedo.
O papel da escola nesse problema é direcionar os pais e as crianças para um lanche mais saudável, promovendo eventos("o dia da fruta" por exemplo) saudáveis que chamam atenção para isso.
Algumas dicas para montar o lanche do seu filho /aluno.
Eu vou passar na próxima reunião essas dicas pros pais dos meus alunos tenho certeza que vai dar certo.
Produtos light e diet, o que fazer?
“As crianças, exceto as diabéticas, não devem utilizar adoçantes”, aconselha Adriane Marchisete. Parte significativa da população utiliza uma grande quantidade de adoçantes sem pensar na possibilidade da ocorrência de efeitos colaterais. E as crianças, até mesmo porque assistem aos pais trocarem o açúcar pelas gotinhas de aspartame, já estão iniciando o uso de adoçante muito cedo. Mas não é preciso colocar produtos light e diet na lancheira do pequeno. Se ele se alimenta corretamente, não está com sobrepeso e não é uma criança diabética, os alimentos podem ser usados nas formas naturais. Evitando-se ao máximo o uso desses alimentos, até mesmo sua exclusão, priorizando alimentos naturais com pouco açúcar e gordura, o que vale não só para as crianças obesas como também para as saudáveis.
Cuidado para não deixar o lanche sem graça
“Uma lancheira monótona, sempre com as mesmas preparações, desmotiva a criança a comer e faz a comida do colega ficar mais interessante”, confirma Kelen Martins.
Para evitar o desinteresse, os pais devem variar o cardápio, mudando o tipo de pão, os acompanhamentos (queijos, requeijão, geleias e frios) ou as bebidas (suco, água de coco ou leite). O modo de apresentação ajuda, e muito, na missão de evitar a rotina. Um dia você pode incluir um sanduíche de pão integral com pasta de ricota temperada com orégano, azeite e uma pitada de sal e peito de peru. Em outro, pode abrir espaço para o tradicional pão francês com mussarela de búfala e alface e, para dar um toque especial, colocar alguns tomates secos. As bisnaguinhas, veneradas pelas crianças, podem vir recheadas com requeijão e presunto defumado ou com uma pasta de atum e queijo mussarela. Os bolos caseiros são bons aliados também, mas procure dar preferência aos mais sequinhos, como o de fubá e o de cenoura. Para ladear o lanche, você pode alternar iogurtes de frutas com leites fermentados e sucos. Só tente optar pelas versões concentradas, que você dilui em casa, e atenção se for escolher os modelos em caixinha, pois muitos deles são repletos de conservantes e açúcar. Importante manter os alimentos de preferência da criança, evitando sua rejeição e introduzindo novos alimentos sempre buscando diferentes formas de apresentação para uma melhor aceitação e variabilidade.
“Em relação às frutas, as melhores opções são as que podem ser consumidas com casca ou quando podem ser retiradas com facilidade”, ensina a nutricionista Daniela Murakami, também da Nutrir e Brincar. Boas dicas são permutar entre banana, maçã, pera, goiaba, uva e mexerica. O morango, além de fácil de comer, vira praticamente uma sobremesa se misturado com iogurte natural e é perfeito para os dias quentes desde que você dê preferência para a versão orgânica (livre de agrotóxicos). O mamão picado faz o par perfeito com a granola (para que esta se mantenha crocante, deve ser sempre colocada na lancheira em recipiente separado e ser adicionada à fruta só na hora do recreio). Para os menores, o ideal é picar as frutas, mas para isso é preciso atentar ao recipiente na qual ela será acondicionada e, se possível, prepará-las antes de sair de casa.
Envolver a criança no preparo do lanche
Incentivar a criança a ajudar no preparo da comida também é uma estratégia que funciona bem. Primeiro porque estimula o interesse pelo tema. Segundo porque pode ser um processo bem divertido. Se possível, o convide para ir ao supermercado ou à feira. Essa é uma excelente maneira de despertá-lo para a variedade de verduras e frutas. A curiosidade natural das crianças fará todo o trabalho por você quando seu filho se deparar com o universo de cores, texturas e cheiros. Uma tática para a melhor aceitação da criança por novos alimentos e pelo lanche na escola, pois eles mesmos produziram o que vão comer.
Truques e estratégias
Saudável sim, neurótico não. Comer algumas delícias faz parte da vida. Quem não gosta de um pudim ou de uma barra de chocolate? Monte um cardápio nutritivo, mas não deixe de incluir na lancheira – uma vez ou outra – alguns mimos. “O caminho para acertar são o bom senso e o equilíbrio”, aconselha Adriane. Você pode fazer uma surpresa ou combinar com ele um dia na semana para incluir uma gostosura. Por exemplo, toda sexta-feira o lanche vem ladeado de um brinde, que pode ser bala ou um bolo com uma cobertura especial. Outra estratégia divertida é, esporadicamente, enfeitar e brincar com a comida. Fazer caras no sanduíche, cortar o tomate em forma de estrela ou coração e outras coisas mais. Envolver a criança na produção do lanche, desde a escolha e compra dos ingredientes até a preparação, incluindo também até mesmo a escolha da lancheira com um modelo que o agrade e que o incentive a levar o lanche de casa para a escola. Buscando chamar a atenção da criança para o lanche a ele oferecido, tendo assim maior aceitação.
Pergunte à criança o que ela quer comer
“A criança tem direitos fundamentais na alimentação, como na quantidade que lhe apetece, as preferências e aversões e a escolha do modo como o alimento é oferecido. Aos pais, cabe a educação, a orientação”, defende Kelen Martins. Consultar o seu filho antes de montar o lanche escolar é um jeito de fazê-lo se sentir parte dessa escolha e evitará surpresas negativas depois. Buscando através das dicas anteriores, truques e estratégias, o envolvimento e a aceitação da criança, afinal é ela quem irá comer.